Governo rejeita “passaporte da vacina” e anuncia quarentena para viajantes não vacinados

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Crédito/Foto: Pexels

Segundo a pasta, após os cinco dias em quarentena, um novo teste de covid-19 deve ser realizado e, somente com resultado negativo, os viajantes ficarão liberados para circular pelo país.

“Depois de fazer uma análise, decidimos que, nesse contexto em que estamos espreitados por essa variante ômicron, que ainda não sabemos o total potencial dela para criar uma nova pressão sob o sistema de saúde, vamos requerer que os indivíduos não vacinados cumpram uma quarentena de cinco dias e, após essa quarentena, eles realizarão o teste. Sendo ele negativo, eles poderão aproveitar todas as belezas do nosso grande Brasil”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, hoje, durante pronunciamento no Palácio do Planalto.

Queiroga, no entanto, não deixou claro como será fiscalizada essa quarentena dos viajantes não vacinados. Durante o pronunciamento, o ministro da Saúde defendeu o direito das liberdade individuais. “Esse enfrentamento da pandemia não diz respeito apenas a um chamado passaporte (da vacina), que mais discórdia do que consenso cria. É necessário defender as liberdades individuais e respeitar os direitos dos brasileiros de acessarem livremente as políticas públicas de saúde”, indicou.

A recomendação de exigir a vacinação de viajantes para a entrada no Brasil foi enviada pela Anvisa aos ministros em 12 de novembro. Tal orientação foi reforçada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na última semana. No entanto, a medida vem sendo refutada pelo presidente da República Jair Bolsonaro desde a divulgação das orientações da Anvisa.

Ainda nesta terça, o presidente repetiu as críticas feitas à adoção de um passaporte vacinal no país. Durante cerimônia de assinatura dos contratos do leilão no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo comparou a medida a uma “coleira” e disse que “prefere morrer a perder a liberdade”.

O ministro da Saúde mostrou discurso correspondente ao do chefe do Planalto, apesar de especialistas defenderem a adoção do comprovante da vacinação. “Não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas para, a partir daí, impor restrições. Até porque a ciência já sabe que as vacinas não impedem totalmente a transmissão do vírus, e, mesmo vacinadas, as pessoas podem adquirir a doença e transmitir”, comentou.

Fonte: Correio Braziliense

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