
Por g1
O dólar abriu em alta nesta quarta-feira (17), mas inverteu o sinal e passou a cair, com expectativas sobre a renegociação do teto da dívida nos Estados Unidos e investidores repercutindo os balanços de empresas americanas.
No cenário interno, as atenções seguem voltadas ao andamento do novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional. As expectativas são de que o texto seja votado na Câmara até a próxima semana.
Às 12h55, a moeda norte-americana subia 0,10%, cotada a R$ 4,9389. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar teve queda de 1,15%, aos R$ 4,9438. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
- Alta de 0,41% na semana;
- Quedas de 0,87% no mês e de 6,33% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Nos mercados globais, o destaque entre os investidores segue sendo a renegociação do teto da dívida norte-americana. O governo quer aumentar o teto para que consiga arcar com suas despesas, inclusive as ordinárias, como o pagamento de salários aos servidores públicos federais.
Houve certo impasse nas negociações entre os partidos políticos. Os democratas, do presidente Joe Biden, são a favor do aumento, enquanto parte dos republicanos se posiciona contrariamente.
As expectativas, no entanto, se tornaram mais positivas após conversas de Biden com o presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, para acertar um acordo. “A busca é por um esboço do acordo antes da viagem do presidente Joe Biden à Ásia”, destacam analistas do BTG Pactual.
Ainda nos Estados Unidos, investidores repercutem a temporada de balanços corporativos. Vitor Miziara, sócio da Perfoma Investimentos pontua que a maioria das empresas, até agora, apresentaram resultados melhores que o esperado para o primeiro trimestre de 2023.
Segundo ele, embora isso seja bom por um lado, porque demonstra que a economia americana segue aquecida, também eleva as preocupações com a inflação por outro.
Muitas empresas com resultados acima do esperado indicam que a inflação pode continuar pressionada, explica. Assim, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve seguir com seu ciclo de juros elevados, o que pode levar os Estados Unidos a um período de recessão econômica.
Além disso, juros altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo – o que leva a uma migração de recursos dos investidores, que tiram seu dinheiro dos ativos considerados de risco, prejudicando o mercado de ações e o desempenho de moedas de países emergentes, como o real.
No Brasil, o mercado espera que o novo arcabouço fiscal seja votado até a próxima semana, o que traz mais otimismo aos investidores.
Também no cenário interno, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta manhã, os dados de vendas no varejo de março. O comércio varejista cresceu 0,8% naquele mês frente a fevereiro e subiu 1,2% no acumulado em 12 meses.
Fonte: G1 – ECONOMIA