
Calor histórico e seca prolongada contribuíram para que o preço de produtos básicos como café, laranja, carne e leite disparasse. Por outro lado, cebola e tomate ficam mais baratos, também por conta dos fatores climáticos
O ano mais quente da história impactou a mesa do brasileiro e deixou as refeições mais caras. O preço de alimentos básicos como carne, café, leite e laranja subiu de forma expressiva, e parte da explicação está justamente no calor e na seca.
O clima extremo contribuiu para uma inflação de 7,69% dos alimentos e bebidas em 2024, bem acima do que ocorreu no ano anterior, quando o grupo subiu 1,11%. O número também é maior do que a inflação oficial do país, que ficou em 4,83% segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O suco de laranja e o cafezinho, por exemplo, pesaram muito mais no bolso do que no ano anterior. A baixa quantidade de frutas e o impacto da doença greening fizeram o preço da laranja-pera disparar em 48,3% no ano.
No caso do café, a alta em 2024 foi de 39,6%. Nos supermercados, a média do preço do pacote de 1 kg, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), chegou perto dos R$ 50, como o G1 mostrou em dezembro.